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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Posse ilegal de arma = 450 euros de multa


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«Marco Pereira ganhou fama no domingo à noite, ao expressar a sua revolta às televisões, em directo do bairro Portugal Novo, nas Olaias, Lisboa, acusando a comunidade cigana de lhe ter agredido a irmã grávida. Horas depois, a PSP prendeu-o a comprar um revólver em Carnaxide – e por isso foi condenado a pena de multa. Notificado para se apresentar na manhã seguinte no Tribunal de Oeiras, Marco Pereira foi julgado sumariamente pelo crime de posse ilegal de arma – revólver de calibre .32 Magnumcomprado no mercado negro, num bairro – e condenado a pagar 450 euros de multa.(...) Marco referiu ter comprado uma arma para se defender de ameaças da comunidade cigana.» - Fonte CM

1. Mário Machado: "No dia 26 de Junho de 2004, o arguido foi encontrado na posse de um revólver calibre .22" - "um ano de prisão". - Mais aqui.


Fonte: Blog Prisões de Abril

Chinês assassinado por travesti


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Diz o CM que um indivíduo chinês foi assassinado pelo namorado, um «travesti que ganha a vida no Conde Redondo», que o «regou com gasolina e pegou-lhe fogo»

Aguarda-se a qualquer momento, portanto, um comunicado conjunto do Bloco de Esquerda, ILGA e SOS-Racismo, a denunciar a«intolerável violência racista, xenófoba e homofóbica» e a exigir «penas excepcionalmente duras contra esta sanha assassina, em vésperas do dia da liberdade, contrário aos valores da democracia de Abril», etc., etc., etc.. 

Ah espera, o autor era militante, esqueçam, afinal tratou-se apenas de crime passional sem relevo e que não merece comunicadosmanifestaçõesreportagens, ou cantigas.


Fonte: Blog Terra Portuguesa

Holanda: Maioria dos holandeses quer que jovens marroquinos criminosos sejam expulsos!


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Na Holanda, pelo menos quarenta por cento da população concorda com muitas das afirmações anti-islâmicas do parlamentar Geert Wilders.
De acordo com certa sondagem de opinião, Wilders alcançaria cerca de dezoito por cento dos votos se as eleições neste país se realizassem hoje. Mas o apoio às suas ideias parece ser ainda maior. Quarenta e dois por cento dos holandeses questionados concordam em que 
Wilders diz «aquilo em que as pessoas comuns acreditam e querem». Trinta e cinco por cento não acham que Wilders seja excessivo no que diz a respeito da ideia de que os muçulmanos vão para a Holanda para tomarem conta do país.
E uma clara maioria, cerca de sessenta e um por cento, concorda com Wilders quando este afirma que os «terroristas de rua» têm de ser deportados - e note-se que quando Wilders diz isto está a referir-se aos membros de gangues de novens marroquinos.
Apesar de o apoio a Wilders ser mais frequente ao nível do «homem comum, que não sente que os partidos estabelecidos o levem a sério» (ou seja, a massa popular genuína, que ainda não foi castrada pela politicagem correcta), observa-se agora um aumento de pessoas com instrução universitária que se juntam às fileiras de apoiantes do famoso «islamófobo».

Fonte: Gládio Blogspot

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Extrema-Direita em Portugal


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Após anos de ausência, a extrema-direita tem nos últimos tempos marcado presença nas páginas dos jornais, se bem que nem sempre pelas melhores razões. Mas qual será o verdadeiro peso deste tipo de movimentos na sociedade portuguesa? Como têm sido encarados pelo povo português? Do MDLP nos anos 70, passando pelo MAN na década de 80, e terminando no PNR dos nossos dias, este tópico tem como objectivo a discussão deste assunto polémico, mas sobre o qual convem ter algumas noções.

Começo por fazer uma pequena resenha histórica de algumas organizações de extrema-direita que surgiram em Portugal depois do 25 de Abril de 1974, neste caso concreto o Movimento de Acção Nacional (MAN) e o bem conhecido Partido Nacional Renovador (PNR), abordando também a sempre polémica relação entre as claques de futebol e os movimentos radicais de direita.

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O Movimento de Acção Nacional - Os Skinheads chegam a Portugal

Em Junho de 1985 um grupo de jovens residentes na zona da Amadora regista no cartório a Associação Cultural Acção Nacional. Este colectivo tinha como missão a defesa dos valores nacionais, étnicos, culturais, éticos e espirituais, e as formas de concretizar estes objectivos passavam pela edição de um jornal e de livros. Eram estes os objectivos primários da Associação Cultural Acção Nacional. Os seus fundadores foram Vítor Santos, Manuel Andrade, Alexandre Freire, Paulo Sequeira e José Luís Paulo Henriques, que rapidamente se veio a tornar no líder do grupo, cabendo-lhe também a ideia original de fundar a associação. Este grupo de jovens tinha em comum o facto de pertencerem à classe-média baixa, estarem descontentes com o sistema político vigente na época, que consideravam corrupto, e de simpatizarem com ideais conservadores e nacionalistas. O tempo foi passando, e as posições no seio da associação foram-se consolidando, passando José Luís Paulo Henriques a liderar o colectivo, ao mesmo tempo que alguns dos seus fundadores se iam afastando das suas actividades. Este último, também conhecido por “Zé Gato” (alcunha ganha pelas semelhanças futebolísticas que tinha com o antigo guarda-redes benfiquista), não era propriamente um novato em matéria de actividade política, aos 16 anos já liderava a associação de estudantes do Liceu da Amadora e em 1983 já se encontrava à frente da secção que a Juventude Centrista (JC), a organizaçao juvenil do CDS, tinha nesta cidade dos arredores de Lisboa. No entanto, a militância na democracia-cristã não terá sido suficiente para José Luís Paulo Henriques, que se caracterizava por um aguerrido anti-comunismo e por um saudosismo do Estado Novo salazarista, o que o levou a abandonar a presidência da JC da Amadora. Entretanto, a associação passa a designar-se por Movimento de Acção Nacional (MAN), e começa a dar os primeiros sinais de dinamismo. Em 1986 é editado o primeiro orgão de informação do MAN, o jornal Acção, alguns cartazes começam a surgir nas paredes da zona, e os pedidos de adesão e informação começam a chegar em catadupa à sede do movimento, também situada na Amadora. Naquele que foi o seu primeiro jornal podia-se ler que "o MAN caracteriza-se por uma Terceira Atitude, que se coloca em oposição ao Capitalismo e Socialismo", sendo o seu lema, explicíto nos cartazes que povoavam as paredes, "Nem Capitalismo! Nem Comunismo! Terceira Via! Por Portugal!". Esta atitude de inconformismo e de rebeldia em relação ao sistema político vigente, de recusa do Comunismo que tanta agitação tinha provocado uma década antes, que provocou os saneamentos, as nacionalizações e a ocupação de terras, sendo tudo isto materializado no PREC; de desilusão em relação à Democracia Cristã defendida pelo CDS, que se encontrava numa posição cada vez mais redutora em virtude da ascenção do PSD liderado por Cavaco Silva, que por seu lado representava o Capitalismo, destruidor da identidade nacional e adverso às tradições seculares; levou a que muitos jovens aderissem ao MAN, que se apresentava como uma alternativa revolucionária (1). E terá sido esta sugestão de militância política mais agressiva que levou um grupo de jovens, por volta de 1987, oriundos da zona de Almada e que tinham em comum o gosto pela cultura “skinhead” (surgida em Inglaterra no final dos anos 60 no seio dos bairros operários, adepta da diversão regada com muito álcool e de alguma violência à mistura, por oposição ao “peace and love” da cultura “hippie”, e caracterizada por um vestuário e gostos musicais comuns) a aderir ao movimento. Este grupo de “skinheads” da Margem Sul era liderado por Fernando Pimenta, e começam a incutir um novo espírito no MAN, que passa a adoptar a cruz celta como símbolo, e que se materializa na edição do Combate Branco, publicação dirigida aos militantes mais radicais. A influência do movimento chega ao Norte do país, onde começam a surgir os primeiros militantes, nomeadamente no Porto e em Braga, e onde surge a primeira publicação, intitulada Vento do Norte. Mas ao mesmo tempo que o MAN aumentava a sua influência, também os problemas começavam a surgir em quantidade razoável. A adesão dos “skinheads” veio-se a tornar fatal para o movimento, que começou a ser visto pela sociedade portuguesa como um grupo de “cabeças-rapadas” racistas e violentos. A comunicação social começa a reportar alguns episódios de turbulência na noite lisboeta, nomeadamente no Bairro Alto (2), confrontos com outros grupos de jovens e agressões a indivíduos de origem africana começam a ser habituais, começam a surgir os primeiros símbolos de extrema-direita nos estádios de futebol, frases como "Se vires um preto mata-o", "Poder Branco" ou "Portugal aos Portugueses" começam a aparecer escritas nas paredes de Lisboa, até que chegamos a 1989, ano que se vem a revelar decisivo na história do MAN, e onde se produzem alguns episódios marcantes, não só pela violência que envolveram, mas também pelo impacto que tiveram. Em Maio deste ano o actor João Grosso é agredido por um grupo de sete “skinheads” em Lisboa, tendo perdido um testículo em resultado das agressões, sendo de referir que João Grosso foi agredido por tentar socorrer um jovem que estava a ser espancado pelo mesmo grupo, e a 28 de Outubro José Carvalho, militante do Partido Socialista Revolucionário, um pequeno partido de orientação trotskista, é esfaqueado mesmo à porta da sede do PSR, na Rua da Palma em Lisboa, vindo a falecer. Tudo terá acontecido quando um grupo de “skinheads” oriundo da Margem Sul forçou a entrada na sede do partido, onde estava a decorrer um concerto inserido numa campanha anti-militarista promovida pelo PSR, os militantes trotskistas tentaram impedir a entrada do grupo, e no meio da confusão e das agressões José Carvalho cai no chão vítima dum golpe fatal na zona do coração. A Polícia Judiciária faz algumas detenções, enquanto que algumas vozes defendem que o crime teve motivações políticas. Pouco tempo depois do assassinato de José Carvalho, a 19 de Novembro, no Porto, um grupo de “skinheads” agride dois cidadãos espanhóis no centro comercial Brasília e espanca Francisco Faustino, indivíduo de nacionalidade angolana, sendo abandonado pelo mesmo grupo, inconsciente, na linha férrea. O MAN começa a ficar com a marca das agressões dos “skins” (3). Já a terminar este ano, talvez o mais atribulado da história do movimento, realiza-se um jantar no Porto a 1 de Dezembro, com o objectivo de aproximar a estrutura dirigente do movimento, que estava estabelecida em Lisboa, dos militantes nortenhos. No entanto, o repasto acaba em confrontos entre os dois grupos, o que simbolizava, de certa forma, a fragilidade e as contradições das bases militantes do MAN (4).

1 – Cf. Jornal Semanário, edição de 18 de Setembro de 1993;

2 – Cf. Jornal Tal & Qual, edição de 21 de Julho de 1989;

3 – Cf. A Extrema-Direita em Portugal, ed. SOS Racismo, 1998;

4 – Cf. VEGAR, José – “Áreas Especialmente Sensíveis” in Serviços Secretos Portugueses – História e Poder da espionagem nacional, ed. A Esfera dos Livros, 2007. 


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A Extrema-Direita e as Claques de Futebol

Mas se os anos 90 viram o desaparecimento do MAN, também viram o surgimento da extrema-direita em grande destaque noutros palcos, desta vez menos políticos e mais desportivos. Em 1991, Gaspar Fernandes, responsável operacional da PSP pelo policiamento dos estádios da Grande Lisboa, confirma em entrevista ao Diário de Notícias a presença de elementos da extrema-direita nas claques dos grandes clubes portugueses. Mário Machado, skinhead que vem a ter um enorme protagonismo anos mais tarde, terá tomado contacto com esta ideologia sensivelmente nesta altura, e terá sido nas bancadas do antigo estádio José Alvalade, e no seio da claque sportinguista Juventude Leonina, que pela primeira vez privou com skinheads, conforme o próprio assume em entrevista concedida ao jornal Correio da Manhã em Maio de 2005. Os primeiros anos da década de 90 ficam marcados pelos primeiros episódios de violência protagonizados pelas claques. Em Março de 1992, após o jogo entre Sporting e o F. C. do Porto a contar para a Taça de Portugal, os adeptos sportinguistas envolvem-se em confrontos com a polícia dentro e fora do estádio. Durante esta época de 1991-92, a exibição de bandeiras neo-nazis no seio das claques do Benfica, Sporting e F. C. do Porto são uma constante, mas é na época seguinte, 1992-93, que a situação se agrava, tendo a comunicação social dado grande atenção ao facto. Ainda em 1992, também em jogos a contar para a Taça de Portugal são exibidos símbolos de extrema-direita. Em Loulé, durante o Louletano – Benfica, membros dos Diabos Vermelhos exibem uma bandeira com a cruz suástica, e no Barreiro, no jogo Barreirense – Sporting, uma enorme faixa, contendo a palavra Skinheads e ladeada por uma cruz celta, é colocada na rede do estádio, precisamente na zona onde se encontravam as claques do Sporting. Mas não era só em estádios de clubes pequenos, onde o policiamento é mais fraco, que estes símbolos eram exibidos. Em pleno estádio da Luz, em Lisboa, no jogo que opôs o Benfica ao Dínamo de Moscovo, a contar para a Taça UEFA, a claque No Name Boys exibe uma faixa relativa às Waffen SS, a força de elite do exército nazi. A confirmação da infiltração da extrema-direita nas claques de futebol surge nas páginas da revista Sábado, onde é feita uma reportagem sobre o assunto, e onde membros da Juventude Leonina, incluindo o seu líder Fernando Mendes, posam para a foto fazendo a saudação nazi e segurando uma bandeira com a cruz celta. Mais tarde, em entrevista concedida ao jornal A Bola, o mesmo assume que o fez por uma questão de protagonismo, com o intuito de que a comunicação social desse alguma imagem da claque, e desvaloriza a saudação nazi, afirmando que fez o mesmo aquando do seu juramento de bandeira durante o serviço militar. Mas é no início do ano de 1993 que a opinião pública desperta em definitivo para esta situação. A 3 de Janeiro, durante o intervalo do jogo Belenenses – Benfica, membros afectos à claque No Name Boys provocam incidentes e agridem um funcionário do clube do Restelo, por este ter tentado impedir que os jovens benfiquistas vandalizassem o marcador do estádio, no seguimento dos incidentes é exibida uma bandeira com uma cruz suástica por um suposto membro dos já referidos Diabos Vermelhos, tudo isto captado pelas câmaras da televisão e visto por milhões de portugueses. Dias depois começam as reacções, a direcção do Benfica decide retirar o apoio às suas claques e o presidente do F. C. do Porto, Pinto da Costa, pede a demissão de Dias Loureiro, responsável pela pasta da Administração Interna do governo de Cavaco Silva, responsabilizando-o pelos últimos acontecimentos. A conexão entre este despertar da violência nos estádios de futebol portugueses e as infiltrações da extrema-direita começou a ser feita pela opinião pública, o que ainda perdura, sendo algo sempre reforçado por associações como o SOS Racismo.

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Partido Nacional Renovador - O resurgimento da extrema-direita portuguesa no século XXI

No final do ano de 1999 um grupo de simpatizantes da extrema-direita adere ao moribundo Partido Renovador Democrático (PRD) com o intuito de organizar um partido de cariz nacionalista, algo inexistente na época em Portugal. A estratégia consistia na apropriação dum partido já existente e registado no Tribunal Constitucional, na alteração do nome, sigla e símbolo, na subida aos orgãos directivos do partido em questão de membros do grupo, e desta forma nascia no panorama político português um partido nacionalista, algo até aqui inédito, em grande parte devido à dificuldade que os militantes da direita radical tinham sentido em anteriores tentativas na angariação das 5.000 assinaturas necessárias para a formalização dum partido político. A 17 de Março de 2000 entra no Tribunal Constitucional um requerimento por parte do PRD da alteração do seu nome, sigla e símbolo, passando a designar-se por Partido Nacional Renovador, com a sigla PNR, sendo o seu símbolo um facho de cores vermelha, branca e azul. O requerimento era assinado pelo presidente da Comissão Directiva do partido, António da Cruz Rodrigues – que anteriormente tinha formado a Aliança Nacional, organização nacionalista fundada em 1995 que nunca chegou a constituir-se como partido político precisamente por não ter conseguido reunir as 5.000 assinaturas necessárias para esse efeito – e por outros membros da direcção como José David Santos Araújo (presidente da Mesa do Conselho Nacional), Bruno Oliveira Santos (vogal da Comissão Directiva), Eugénio Manuel Campos Godinho e Francisco José Felgueiras Barreto (ambos secretários da Mesa do Conselho Nacional). A 12 de Abril o Tribunal Constitucional aprova o requerimento, e desta forma estava criado o PNR. A controvérsia à volta do PNR começou logo nos primeiros tempos do partido. A 28 de Maio de 2001 o presidente Cruz Rodrigues, por ocasião dum jantar comemorativo do 75º aniversário do golpe de Estado ocorrido em 1926 que impôs a ditadura militar em Portugal, anuncia a intenção do PNR em concorrer às próximas eleições autárquicas marcadas para 16 de Dezembro deste ano. O anúncio provocou a reacção do Bloco de Esquerda (BE), que classificou de “candidaturas fascistas” as intenções do PNR, e apelaram ao Tribunal Constitucional que impedisse a formalização das mesmas. No entanto, o partido avançou com candidaturas nos concelhos de Lisboa e Mafra, acabando por recolher 877 votos, 0,02 % da totalidade dos votos respeitantes ao Distrito de Lisboa, naquela que foi a primeira participação eleitoral do partido. Em virtude do descalabro eleitoral do Partido Socialista (PS) nestas eleições, o Primeiro-Ministro António Guterres apresenta a sua demissão, provocando a queda do governo socialista. O Presidente da República Jorge Sampaio marca novas eleições legislativas para 17 de Março de 2002, às quais o PNR também concorre, recolhendo 4712 votos, 0,09% do total. Durante a campanha eleitoral desta eleição deu-se um acontecimento, marginal à actividade do PNR, que apontou para o ressurgimento dos “skinheads” em Portugal: a 9 de Março um grupo de militantes do BE que se encontrava a colar cartazes na zona de Alcântara, em Lisboa, é atacado por um bando de “skinheads”, acabando por ser esfaqueado um dos militantes bloquistas. O partido só volta a demonstrar sinal de actividade em 2004 com um novo acto eleitoral, as eleições para o Parlamento Europeu realizadas a 13 de Junho, onde obteve 8405 votos, 0,25 % do total nacional, sendo de realçar que obteve o dobro dos votos obtidos nas eleições legislativas de 2002. Contudo, os “skinheads”, que até aqui se tinham mantido numa posição marginal, começam a partir de 2004 a demonstrar sinais de vitalidade e dinamismo, nomeadamente através da organização dum concerto em Loures que contou com presenças internacionais, ao mesmo tempo que se apropriavam da “internet” como meio de difusão de ideais, sendo merecedor de especial destaque o fórum nacional, onde chegou a estar publicada uma lista de “alvos a abater” pelos nacionalistas radicais. Este recrudescimento das actividades dos "skinheads" acabou por ter repercussões no PNR, que passou a contar com um corpo de militantes mais aguerridos e dispostos a fazer também das ruas um espaço de luta política. Desta forma no início de 2005 é organizada em Lisboa uma manifestação contra a entrada da Turquia na União Europeia, encabeçada pela organização Frente Nacional (FN) – onde se inseriam a maior parte dos "skinheads" nacionalistas – e acompanhada pelo PNR. No entanto, a 10 de Junho, precisamente no Dia de Portugal, dá-se um acontecimento que provocou um enorme impacto na opinião pública, em grande parte devido à cobertura mediática: o “arrastão” de Carcavelos. Um grupo de jovens de ascendência africana provoca alguns tumultos na praia de Carcavelos, o que leva a polícia a intervir. A comunicação social chamada ao local fala dum enorme “arrastão” de cerca de 500 jovens negros que provocaram o pânico junto dos banhistas. Ainda neste dia, uma organização nacionalista intitulada Causa Identitária comemora o Dia de Portugal no Largo de Camões, em Lisboa, o que levou um grupo de anarquistas a tentarem atacar os cerca de 50 nacionalistas que se concentravam junto à estátua do poeta Luís de Camões, o que não se concretizou devido à intervenção da PSP. No entanto, a polémica em torno da criminalidade associada às comunidades imigrantes estava lançada, o PNR aproveitou a situação e organizou, juntamente com a FN, aquela que foi considerada como a maior manifestação xenófoba de sempre em Portugal. A 18 de Junho cerca de 300 pessoas juntam-se no Martim Moniz, em Lisboa, e desfilam até ao Rossio, empunhando faixas onde se podiam ler mensagens como "Não existem direitos iguais quando és um alvo por seres branco" e "Imigrantes igual a crime". Pouco tempo depois, a 17 de Setembro, é levada a cabo nova manifestação na capital, desta vez contra o “lobby gay”, sendo novamente organizada em conjunto pelo PNR e pela FN, acabando por reunir cerca de 100 manifestantes, que se concentraram no Parque Eduardo VII. A toda esta dinâmica demonstrada pelo PNR, em grande parte potenciada pela FN, não é alheia a eleição em Junho de 2005 para a presidência do partido de José Pinto Coelho, que nunca negou o apoio dos “skinheads”, apesar da conotação violenta e racista que estes têm.

Fonte:Fórum SCP

quinta-feira, 23 de abril de 2009

PJ e PSP cercam gang de Sintra


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O gang responsável pela vaga de assaltos a pastelarias do concelho de Sintra ocorrida no princípio de Março é, acreditam a PJ e a PSP, o mesmo que nos últimos dias fez seis assaltos à mão armada neste concelho e no da Amadora. O mesmo grupo é ainda suspeito de dois carjackings. 

Um dos cinco elementos do gang (um jovem de 16 anos com a alcunha de ‘Caixa Baixa’) foi preso anteontem de manhã pela PSP de Sintra. Tinha em casa drogae munições de caçadeira semelhantes às usadas nos assaltos.

A colaboração entre a PJ de Lisboa e a Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da PSP de Sintra tem sido estreita. A vaga de assaltos a pastelarias no Cacém e em Queluz – seis em dez dias no princípio de Março – depressa foi relacionada com um único gang: cinco jovens (quatro negros e um branco), todos com menos de vinte anos, das freguesias de Queluz e Rio de Mouro. Para dificultar o trabalho às polícias os elementos do grupo nunca repetiram dois assaltos.

A PJ e a PSP de Sintra acreditam, no entanto, que o grupo tenha 'intensificado a violência'. Suspeita-se de que os quatro autores do carjacking de 4 de Abril, na Pontinha, Odivelas (ver caixa), pertençam ao gang.

A 8 de Abril, nova vaga de assaltos. Quatro encapuzados efectuam o carjacking de uma carrinha Audi A4 em Mem Martins, depois usada numa tentativa de assalto a uma ourivesaria na Amadora e em dois assaltos consumados aos McDonald’s de Mem Martins e de São Marcos.

Ao princípio da manhã de anteontem a PSP fez a primeira detenção. Após a realização de duas buscas na Serra das Minas, Rio de Mouro, um jovem de 16 anos foi presonapossededroga. Além dos estupefacientes a PSP apreendeu munições de caçadeira tipo zagalote – o mesmo tipo das usadas nos assaltos.

De resto, soube o CM, o ‘Caixa Baixa’ é suspeito da co-autoria de pelo menos os assaltos aos McDonald’s de Mem Martins e de São Marcos. Aguarda julgamento no Colégio de Reinserção de Caxias.

Assim que souberam da detenção os restantes quatro elementos do gang assaltaram de rajada, na quinta-feira à tarde, uma papelaria em Belas, uma casa de congelados em Massamá e os CTT de Barcarena. Aguarda-se, para breve, mais detenções.

'NUNCA ESQUECEREI AQUELA ARMA APONTADA À CABEÇA'

Tal como no dia 10 de todos os meses, José Rosa Palminhos, de 79 anos, deslocou-se anteontem à estação dos Correios de Barcarena para 'ir buscar a reforma'. 'Foi por pouco que não fiquei sem ela', conta, referindo-se ao assalto à dependência dos CTT que presenciou 'da primeira fila'.

'Quando entrei estavam só a empregada e uma senhora. Depois entraram dois tipos grandes e com máscaras a tapar a cara. Um deles galgou logo o balcão, arrastou a empregada pelos cabelos e apontou-lhe a arma enquanto dizia: ‘onde está o cofre?’ A menina começou a chorar e a dizer que não podia mexer no cofre', relata.

'Eu não sou nenhum herói e tentei vir-me embora, mas o outro pôs-se entre mim e a porta. Nunca mais vou esquecer aquela pistola apontada à minha cabeça e o sujeito a dizer: ‘Não se mexa. Se ficar quieto ninguém lhe faz mal. Só queremos o dinheiro.’'

Assustado, o senhor Palminhos, como é conhecido em Barcarena, ficou até os dois assaltantes fugirem. 'Vivo aqui há 43 anos e nunca vi uma coisa assim. Os ladrões sabiam que era dia em que vinha o dinheiro das reformas', assegura.

Na estação dos CTT ninguém quis prestar declarações sobre o assalto de anteontem ou a quantia roubada. Comerciantes na zona confessaram que não se aperceberam de nada até à altura em que a PSPchegou ao local. Ainda assim, os mesmos lojistas garantem que a freguesia de Barcarena tem sido afectada por inúmeros assaltos. 'No outro dia foi um café, antes tinha sido uma casa, a semana passada foi uma garagem de onde levaram dois carros', adianta a proprietária de uma leitaria próxima dos Correios. 'Qualquer dia chega a minha vez', teme.

SUSPEITOS DE CARJACKING

A detenção foi rápida e eficaz. Quatro jovens, todos com menos de vinte anos, foram presos na noite de 4 de Abril na Pontinha, Odivelas.A PSP encontrou-os com um Mercedes roubado horas antes por carjacking com o auxílio de uma faca de mato. No dia seguinte a PSP apresentou-os ao Tribunal de Loures. Saíram todos em liberdade com apresentações periódicas. A Polícia Judiciária e a PSP de Sintra analisam agora a possibilidade de estes quatro jovens poderem pertencer ao gang responsável pela vaga de violência no concelho de Sintra. 'A descrição dos jovens e do ‘modus operandi’ é semelhante', disse ao CM fonte policial.

ROUBO RENDE 20 MIL EUROS

Num outro crime que as autoridades não relacionam com o gang, um jovem vendedor de 24 anos foi sequestrado por dois indivíduos, à porta do centro comercial de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, pelas 13h00 de quinta-feira. Com recurso a armas de fogo, os dois homens roubaram a carrinha de uma empresa fornecedora de produtos de restauração pelo método de carjacking e sequestraram o condutor, obrigando-o a permanecer dentro da viatura. O jovem foi largado em Mira Sintra meia hora depois, tendo os assaltantes – que actuaram com a cara a descoberto – abandonado a viatura uns quilómetros mais à frente. Os indivíduos fugiram a pé sem deixar rasto e levaram vários volumes de tabaco que estavam no interior da carrinha de distribuição e dinheiro. O prejuízo total para a empresa, segundo fonte policial, foi avaliado em20 750 euros.


PORMENORES

GRAFFITI

A rede de tráfico de droga à qual pertencia ‘Caixa Baixa’ ainda não está desfeita mas a PSP acredita que tenha ficado muito fragilizada com a prisão do jovem. O menor assumia a distribuição dos estupefacientes nas freguesias de Rio de Mouro, Algueirão e Queluz e pintava a graffiti o território do gang Caixa Baixa-G.B. (Grupo Bando). A PSP detectou diversas inscrições destas nas freguesias.

AUDI A4

A carrinha Audi A4 alegadamente usada pelo gang na vaga de assaltos de 8 de Abril foi encontrada pela PSP da Amadora abandonada. Foi deixada estacionada junto ao bairro de Santa Filomena, um dos maiores antros de criminalidade do concelho da Amadora.

BELAS

A PSP de Sintra e a Polícia Judiciária de Lisboa não descartam a possibilidade de o gang de ‘Caixa Baixa’ poder ser o autor de outros dois assaltos à mão armada. Ao princípio da noite de sexta--feira, 4 de Abril, uma ourivesaria e um café de Idanha, Belas, foram alvo de roubo.

NOTAS

PAPELARIA PERDE CEM EUROS

Do primeiro alvo do grupo, a papelaria Bambina, em Idanha, os ladrões levaram apenas cem euros porque bloquearam a registadora.

VISADA LOJA DE PEIXE CONGELADO

No segundo assalto, a uma loja de peixe congelado em Massamá Norte, os assaltantes levaram cerca de duzentos euros.

DUO ATACA CTT DE BARCARENA

As autoridades estão a investigar se o duo que actuou em Barcarena pertence ao mesmo gang de Idanha e Massamá.

BMW E OPEL VECTRA INCENDIADOS

Um BMW e um Opel Vec-tra, estacio-nados numa rua de Ter-cena, Oeiras. foram ontem alvo de apa-rente fogo posto. A PJ investiga.

4750 DOSES DE HAXIXE APREENDIDAS

O jovem de 16 anos preso anteontem pela PSP de Sintra geria, em paralelo, uma rede de tráfico de droga em Rio de Mouro, Mem Martins e Monte Abraão. Tinha em casa 4750 doses de haxixe e 60 de cocaína.

NOITE É MAIS PERIGOSA

De acordo com a GNR, 60,2% dos assaltos à mão armada ocorrem entre as 18h00e as 06h00

LOJAS MAIS VISADAS

Dos assaltos à mão armada 23,2% foram em ourivesarias, 12,6% em farmácias e 6,69% em cafés ou restaurantes

FURTOS A COBERTO

Carjacking, assaltos a bombas de gasolina e furtos de estabelecimentos e caixas ATM também ocorrem mais à noite

DIA É PIOR PARA CASAS

Ao contrário dos outros crimes, é durante o dia que ocorrem mais furtos no interior das habitações.


Fonte: Fórum GNR

Amadora: Gang arromba casas e amordaça famílias. Resultado: Cinco presos pela PSP e unidade especial do DIAP de Lisboa








A família acabara de se reunir à mesa, em plena hora de jantar, quando se ouviu na sala o estrondo da porta da casa a cair. Entraram a pontapé três homens encapuzados, armados com pistolas, e antes de tocarem na comida pais e filho já estavam amarrados e amordaçados. Um ficou de vigia aos reféns; dois pilharam o apartamento na Brandoa – e os três foram agora presos pela Esquadra de Investigação Criminal da PSP da Amadora, depois de serem reconhecidos por uma das vítimas. Conheciam o rapaz sequestrado em casa.

Foi só mais um dos vários assaltos violentos que terão feito com as vítimas dentro dos apartamentos, mas a polícia ainda recolhe provas de outros. As caras sempre tapadas dificultam o reconhecimento.

Mas, ainda assim, vão hoje ao tribunal com dois cúmplices por dez assaltos à mão armada – o caso da Brandoa no final de Março e nove roubos em transportes e na via pública –, depois de uma investigação com seis meses coordenada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP de Lisboa, liderado por Maria José Morgado.

Os cinco só têm idades entre os 18 e 21 anos, mas não olham a meios para conseguir roubar. Foi o caso do assalto a um autocarro na Amadora, com o motorista a ser ameaçado com as pistolas para entregar o dinheiro da caixa. O grupo soma ainda vários casos de violência dentro dos transportes, tanto no metro como em autocarros, com agressões a mulheres e menores, apurou o CM.

Os cinco são bem organizados e semearam o terror na Linha de Sintra durante meses, atacando quase sempre em grupos de três. Um sexto elemento do gang já tinha sido apanhado em Fevereiro, uma vez mais pelas equipas da PSP da Amadora, mas decorria um processo de extradição e foi repatriado para Angola, seu país de origem.

De resto, há outros dois angolanos e um cabo-verdiano entre os cinco homens agora detidos. Hoje serão todos presentes para interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.


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PORMENORES

ESTRANGEIROS

Entre os assaltantes, dois são angolanos, dois têm ascendência angolana e um é cabo-verdiano.

OURO E MUNIÇÕES

Nas buscas, a PSP encontrou ouro, cartões bancários das vítimas, roupa usada nos crimes e 10 cartuchos calibre 12 mm.


Autor: Henrique Machado

Fonte: Correio da Manhã

Link: http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=EF241315-137E-4001-A2CC-0FCE40C92024&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010



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Straight Edge (abreviado para sXe ou SxE) é um modo de vida associado a música Punk/Hardcore. Ele defende a total e perene abstinência em relação ao tabaco, álcool e as chamadas drogas ilícitas. Algumas pessoas tendem a associá-lo a vida sexual regrada, sem promiscuidade, mas isto não faz parte do foco inicial e estes pregam o sexo pelo amor.

Teve como precursores a banda de Hardcore Minor Threat, que ficou famosa em todo o mundo, mas foi mais famosa em países industrializados como Estados UnidosCanadáReino UnidoAustrália e parte da Europa Ocidental. Embora os straight-edgers ou "edge kids" não se identifiquem com uma visão de mundo (worldview) particular nos pontos de vistas sociais ou políticos, muitos deles estão associados àpreceitos como o anarquismovegetarianismo/veganismsocialismosustentabilidade e movimentos ecológicos. Em correntes minoritárias, ideologias conservadoras e religiosas e pontos de vista de extrema direita também estão presentes, ainda que maior parte dos Straight Edgers sintam profunda aversão a a elas e ao preconceito de maneira geral, seja racial, nacional, sexual, etc. Entre bandas straight edgers podemos citar além do Minor Threat, Youth Of Today, Gorilla Biscuits, Bold, To See You Broken etc.

[editar]Visão geral

Straight edge pode ser definido como uma contra culturamodo de vida, ou como uma forma de resistência, abstendo-se de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas.

A idéia surgiu com o início da cultura punk, no meio de jovens de culturas distintas que simplesmente não queriam fazer uso de drogas ou de bebidas alcólicas para se divertir.

Existem inúmeras razões pelas quais se escolhe ser "straight edge". Alguns o utilizam como um fundamento porque crêem que desta forma estarão mais envolvidas com sua saúde física e mental. Existem também os que se identificam com o movimento por partilharem da opinião de que a consensualização atual do uso de substâncias alteradoras do humor contribui para a anestesia política e contenção da contestação. Quem adota esta postura procura uma forma de resistir, através da contracultura, à pressão social que incentiva o consumo de álcool, cigarro e drogas ilícitas.

Grande parte escolhe por ser vegetariano ou vegano, ainda que muitos não vejam nenhuma ligação entre o seu ideal e o vegetarianismo/veganismo. Da mesma forma, muitos edgers optam pelo ateísmo, de modo a assumir total responsabilidade por seus atos.

Para poucos, straight edge envolve a abstinência, também, do sexo casual. Estes acreditam que o sexo não deve ser negligente, durando apenas uma noite.

[editar]O 'X'

Tornou-se comum que, nos shows de punk rock, se marcasse um X nas costas das mãos de menores de idade que os freqüentavam, para garantir que os seguranças reconhecessem um menor tentando se alcoolizar.

Algumas pessoas Interpretam os três “X" como a representação de "corpo", "mente" e "alma". Outros como símbolo da letra da música "Out of step" do Minor Threat: "I Don't Drink, I Don't Smoke, I Don't Fuck - At Least I can fuckin' think! [...]" (Eu não bebo, eu não fumo, eu não fodo - Pelo menos eu consigo pensar, porra!). Na verdade, os três xis (XXX) tiveram sua origem em um trabalho artístico feito pelo baterista do Minor Threat, Jeff Nelson, no qual foram substituídas as três estrelas da bandeira da cidade natal da banda (Washington D.C.) pelos xis, usado na capa da coletânea "Flex Your Head" (lançada pela Dischord Records em 1982).

Muitos adeptos começaram então, voluntariamente, usar o X em suas mãos, do mesmo modo como era feito com os menores de idade, para demonstrar seu comprometimento com a ideologia. Também é muito comum tatuar o símbolo do X em outras partes do corpo, ou usá-lo em roupas, buttonpatches, etc...

O X é considerado uma marca de negação e identidade. Colocá-lo em um nome pessoal ou de banda é uma prática comum para os straight edges.

Para algumas pessoas, o X é encarado como um rótulo, ou como uma espécie de segregação, elitismo. Na verdade, desenhá-lo tornou-se algo (contra)cultural para os adeptos, assim como osrebites e moicanos da cultura punk.

[editar]Origens

No livro Our Band Could Be Your Life, MacKaye coloca que ele e seus amigos perdiam shows de suas bandas favoritas porque nas casas de shows que elas tocavam serviam bebidas alcoólicas. E em qualquer estabelecimento em que seja servido este tipo de bebida, em Washington, os menores de 21 anos não podem permanecer.

A banda de MacKaye, Teen Idles, fez uma turnê na costa oeste em 1980. Em São Francisco no Mabuhay Gardens, o dono do clube foi simpático aos jovens que queriam ver suas bandas preferidas e adotou a prática de marcar um grande "X" nas mãos dos adolescentes com uma caneta permanente de modo a prevenir ao barman que aqueles indivíduos não tinham a maioridade exigida para consumo de álcool.

Quando retornaram a Washington D.C., MacKaye deu a sugestão a vários donos de casas de show da área, para igualmente permitir a participação dos adolescentes de sua região nos shows, sem que consumissem álcool. Muitos clubes começaram a adotar o "X" e este veio a se tornar o símbolo máximo da abstinência quanto a álcool e drogas no meio. O EP dos Teens Idles', "Minor Disturbance" , lançado pela influente DIY label Dischord Records em 1980 trazia duas mãos com o X na capa. Este EP marcou o inicio do que viria a ser a cena straight edge com o hardcore e o punk.

Existem diferentes pontos de vista no que diz respeito à origem do atual termo "straight-edge". A explicação mais comum é a de que foi criado pela banda Minor Threat em meados dos anos 80; o modo de vida straight-edge, que começou logo depois, está definido basicamente pelas letras do Minor Threat, como em Out of Step e Straight Edge. O 'movimento', ainda assim, nunca foi defendido pelo cantor Ian Mackaye, que achava que eram apenas escolhas pessoais que cada um fazia para sua própria vida e que ele fez para sua própria.

Existem evidências que o termo "Straight Edge" foi usado para indicar um estilo de vida vegetariano ou vegan no século XX. De acordo com artigos do BoingBoing [1] e Beatrice.com [2], existia um restaurante de comida vegetariana chamado "Straight Edge Kitchen" na cidade de New York na vila de Greenwich e mostra uma série de fotos e ilustrações de 1906 de um jornal chamado New York World que documenta um grupo de straight edgers comendo no restaurante. [3]

[editar]A Cena Straight Edge

A cena da música Hardcore é/era vista por todos os que não estavam familiarizados como um todo de crianças raivosas, unidas com o propósito de fazer uma música rápida e anti-reacionária, na esperança de remodelar a sociedade que eles consideravam opressora. Ao menos a maioria das bandas de hardcore compartilham alguns destes temas em suas letras, políticas e atitudes que podem ir da direita para a distante esquerda, de extremos a moderados e da hostilidade para a hospitalidade.

O termo foi utilizado pela primeira vez na música "Straight Edge" e fez um apanhado de todos os conceitos que flutuavam nas mentes das pessoas na cena de Washington. Exatamente como muitos outros movimentos undergrounds, o straightedge estava formado. Muitos pregam a pureza completa do "militante", enquanto outros se policiam, sem querer se rotular como tendo o "edge". Alguns "garotos" straight edgers não utilizam o "X", por vários motivos, dentre eles o de fugir da auto-rotulação.

Enquanto a primeira leva do movimento straightedge se centralizou ao redor de Washington (Minor ThreatG.I.Faith) e nas bandas de Boston (SSDDYS) de 1981-83, houve novas levas de bandas de todas as partes dos Estados Unidos e do mundo, se intitulando e propagando o “Straight Edge”.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Straight_edge

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