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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dissidentes do Bloco formam Bloco da Esquerda Cristã






















Um grupo de militantes dissidentes do Bloco de Esquerda, descontentes com a orientação presente do partido, acaba de formar o mais recente partido político português, o Bloco da Esquerda Cristã, movimento que pretende representar os ideais de uma esquerda mais virada para questões morais.

O secretário-geral do novíssimo BEC (Bloco da Esquerda Cristã) é o padre Júlio Rechaldeira, pároco de Vilarinho das Santas, concelho de Caminha, filiado no Bloco de Esquerda há dois anos mas que acabou por se desiludir com a forma de actuar do partido. "Fui completamente enganado. Abordaram-me na rua, numa visita que fiz a Lisboa, e convenceram-me a assinar a proposta de militância porque diziam que o Bloco defendia os interesses dos pobres e dos oprimidos, tal e qual como a religião que professo mas afinal era uma coisa completamente diferente," afirma.

Na mesma situação estão cerca de trezentos ex-militantes do BE que transitaram para o BEC e que se sentem defraudados pela orientação do partido nos últimos anos. A desilusão está relacionada, sobretudo, com o modo como as figuras de proa do Bloco têm abordado algumas questões de importância para os militantes católicos. Exemplo disso é a questão sempre delicada da legislação sobre o aborto. Figuras como Miguel Portas, Francisco Louçã e Fernando Rosas, nomes emblemáticos do Bloco, coligação que nasceu da fusão entre vários pequenos partidos da esquerda, defendem a liberalização da interrupção voluntária da gravidez a pedido da mulher, o que é inaceitável para o BEC. "Quando o Senhor criou o útero não foi para que a mulher andasse a interromper as suas gravidezes conforme lhe apeteça. Afinal, o útero e respectiva aparelhagem anexa não é propriedade da mulher mas sim do todo social que a envolve e também de Deus, nosso Criador e Pai."

Também a questão das drogas provocou alguma celeuma entre os militantes que trocaram o Bloco de Esquerda pelo Bloco da Esquerda Cristã. À campanha declarada pela legalização do consumo das chamadas drogas leves, o BEC contrapõe a proibição absoluta de qualquer tipo de substância viciante e que possa alterar o estado de consciência dos consumidores com excepção do tabaco, do álcool, do chá preto, do café e das pastilhas elásticas de morango que, de acordo com o padre Julião, "são substâncias do agrado de Jesus Cristo."
Para já, o BEC apresenta um conjunto de propostas que considera serem revolucionárias e que terão como objectivo primordial conquistar eleitores e permitir a eleição de pelo menos um deputado nas próximas eleições legislativas. Entre essas propostas estão a legalização da posse e consumo do terço, a obrigatoriedade da ida à missa pelo menos duas vezes por semana e a reinstituição do tribunal do santo ofício.


Fonte: Site "Inépcia"

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