Um tribunal de júri começa hoje a julgar Wellington Nazaré pelos crimes de roubo na forma tentada, sequestro e detenção de arma proibida no assalto à agência do BES em Campolide, Lisboa, a 7 de Agosto de 2008. Wellington Rodrigues Nazaré foi o único dos dois assaltantes a sobreviver à intervenção das forças especiais da PSP, que, na noite desse dia, neutralizaram a tiro os dois jovens, que haviam sequestrado e ameaçado durante horas clientes e funcionários do banco.
Além dos crimes de que está acusado, Wellington enfrenta neste processo pedidos de indemnização cível, cada um no valor de 10 mil euros, movidos por dois funcionários do Banco Espírito Santo (BES) sequestrados e ameaçados por este arguido e pelo seu comparsa, Nilson Ferreira de Souza, atingido mortalmente a tiro pela unidade especial da PSP.
Também o próprio banco intentou uma acção cível contra o arguido, segundo informa João Martins Leitão, advogado de defesa do arguido.
Weelington foi baleado naquele dia e sobreviveu aos ferimentos, após internamento hospitalar em São José , onde foi submetido a várias cirurgias.
O advogado João Martins Leitão espera que este julgamento, no Tribunal da Boa Hora, sirva para apurar "a verdade dos factos", por forma a que o seu constituinte "responda na exacta medida da sua responsabilidade" e não por acções praticadas por Nilson.
Observa que toda a produção de prova terá que ser feita em julgamento, como "se de uma folha em branco" se tratasse, e revela ter pedido a realização de uma perícia à personalidade de Wellington, o que está a ser feito por técnicas do Instituto de Reinserção Social.
Com esta diligência, a defesa pretende demonstrar, entre outros aspectos, que a perigosidade que pretendem atribuir a Wellington nada tem a ver com o arguido, que, durante mais de um ano, teve um trabalho estável e descontou para a Segurança Social.
A participação do arguido no assalto à agência bancária traduziu-se, de acordo com o advogado, num "acto de leviandade e de infantilidade, sem pesar as consequências", em que Wellington não previa que "a dinâmica dos acontecimentos chegasse ao ponto" a que chegou.
Fonte: Expresso
Link: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/513950
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