O primeiro ataque a portagens ocorreu na auto-estrada do Sul, A2. Eram 03h45 quando o BMW com os quatro assaltantes estacionou junto às portagens de Alcácer do Sal. Encapuzados, e armados com uma marreta, atacaram a primeira cabine que encontraram. A funcionária de serviço ficou sem o telemóvel e foi obrigada a abrir a caixa registadora – algumas centenas de euros terão sido roubados.
Em segundos, os quatro ladrões arrombaram a porta do edifício da Brisa. Um cofre guardado num dos gabinetes foi também forçado, levando os assaltantes a roubar uma quantia indeterminada em dinheiro. O grupo escapou, antes que um carro-patrulha da BT de Grândola chegasse ao local. Meia hora depois, os quatro estavam já nas portagens de Santo Estevão, Benavente, à saída da A13. A única portageira de serviço foi a vítima. Ameaçada com uma marreta, foi obrigada a abrir a caixa, de onde roubaram centenas de euros. O gang fugiu a alta velocidade escapando agora a um carro da GNR de Coruche.
Apesar de ter quatro membros presos, incluindo o cabecilha, Fábio Rodrigues, conhecido por ‘Quinito’, o gang é suspeito dos dois assaltos e de outro roubo semelhante, na madrugada de 25 de Dezembro, nas portagens da Marateca, na A2.
'QUINITO' ESPERA JULGAMENTO EM PREVENTIVA
Na noite de 15 de Dezembro, Fábio Rodrigues, mais conhecido por ‘Quinito’, não teve hipóteses de fuga. Investigadores da GNR fecharam o cerco que vinham movendo ao jovem, de 22 anos, nos últimos cinco dias, e conseguiram a detenção. Estava detido o alegado líder do gang dos multibancos que, em dois anos, efectuou dezenas de assaltos a caixas ATM em vários pontos do País. Só este ano, o grupo conseguiu um lucro de dois milhões de euros, 970 mil dos quais na região da Grande Lisboa. ‘Quinito’ coordenou grande parte destes ataques e tirou proveito pessoal dos mesmos. Desde a compra de carros de alta cilindrada, a electrodomésticos dispendiosos, o jovem começou a gastar o suficiente para dar nas vistas das forças policiais. Aguarda julgamento em preventiva.
PORMENORES
RAPIDEZ
A GNR não conseguiu suplantar a rapidez dos assaltantes. Em apenas meia hora, o gang conseguiu fazer o caminho entre Grândola e Benavente. O alerta dado após o primeiro assalto, não conseguiu evitar a realização do segundo.
MULTIBANCOS
Os recentes golpes dados pelas forças policiais na estrutura do gang dos multibancos levaram os membros do grupo a diversificar a actuação criminosa. Há provas de que alguns operacionais do gang sejam responsáveis por vários assaltos a portagens da Brisa.
INVESTIGAÇÕES
O Ministério Público de diversas comarcas judiciais tem em mãos inquéritos relativos a assaltos a portagens da Brisa. A Polícia Judiciária receberá a investigação dos crimes feitos à mão armada, cabendo à PSP e GNR os restantes inquéritos.
Fonte: Correio da Manhã
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