MTV: A Grande Instigadora Criminal

Já devem ter ouvido falar do sindroma MTV, na minha opinião, uma doença bastante séria que enfrenta a nossa juventude nos dias de hoje.

MTV é mais um dos canais estrangeiros que penetrou País dentro através da televisão por cabo (sim, e ouvimos todos os dias falar em pobreza em Portugal, pessoas com falta disto e daquilo, mas se formos às suas residências, têm TV Cabo).

Uma juventude medíocre, aquela que se forma ao acompanhar de perto a MTV, são influência, são seguimentos à risca daquilo que vêm nos videoclips e intuições bastante idênticas às da música cantada (para mim, falada) por todos aqueles "rappers" e pseudo "rappers" transmitem.

Se o racismo existe em Portugal, é porque os mesmos que são excluídos o provocam e acho que está mais que provado isso mesmo, na verdade existe a tentativa de espalhar um caos, de espalhar uma destruição.

Temos os "Yo Yo", ou os ditos "perna partida", temos os “fashion” que adoram Shakira e Alejandro Sanz (isto é de loucos, para rir) e temos ainda os que simplesmente não consigo definir, porque, para além de falarem em pobreza, que os pais não têm dinheiro e que vivem na mesma casa que os pais, doze irmãos e os avós, mas que adoram DMX ou Ja Rule e que andam como que fotocópia dos mesmos, eles têm capacidade física para roubar telemóveis e comprar roupas de marca mais cara do que se possa imaginar (já vi em várias músicas de hip-hop a passar a mensagem: se não tens, arranja forma para teres seja como for, tens é que conseguir).

Levamos uma lavagem autenticamente americana, basta ligar a MTV e sair à rua para comparar, não existe diferenças a olho nú, agora com a moda da música digital (leitores de MP3) é só passear um pouco pelas ruas das cidades e localidades, que é vê-los todos "Yo Yo Motha Fucka", aparentemente um mais estúpido que o outro, a perguntar "xééé, viste aqueles ténis da Nike novos? xééé buéda fixes" isto é de questionar: primeiro, o que significa o dito "xééé" na nossa boa linguagem (mas acho que deve ser equivalente áquele som de prazer e de orgasmo que os rappers fazem, o típico "Uh Uh Oh Yeah") e o quê que será que lhes atrai para o materialismo.

Bem, viram aqueles ténis ontem em mais um videoclip com o seu ídolo, que por sinal, estava rodeado de, no mínimo 20 mulheres, em lingerie e com 4 carros tipicamente americanos só para ele...sim, foi nele que o mísero moço viu aqueles ténis.

"Dama, queres ir ai meu cubículo? Eu tenho bot, podemos ir lá pitar"...é triste mas é assim, e a moda das trancinhas no cabelo pegou, a moda dos dois brincos de pechisbeque a falsificar um diamante, em cada orelha também pegou, a FUBU acho que já saiu de cena e foi esquecida, mas agora entrou a que este ou aquele artista usa, o que vem estragar o nosso povo jovem, aquele que se julga ser o nosso futuro...mas, tendo em conta estes factos, teremos um futuro negro (não poderia haver melhor palavra para definir, quer por ser um futuro mau, quer por ser um futuro cheio daquelas influências negras americanas).

Temos, por exemplo, numa das bandas nacionais mais populares (pelo menos a nível nacional) o Boss Ac, que vem ridicularizar a música portuguesa, a nossa música e tenta dar, como que uma visão diferente das coisas desse mundo (sim, porque nós somos cegos e ainda não percebemos):

"Hip Hop don’t stop , traz a tua crew a festa é aqui

DJ, B-Boy , ouvinte ou mc ,

Hip Hop sou eu e és tu

Hip Hop don’t stop, põe as mãos no ar, sente o beat

Throw your hands up and move your feet"

"Hip Hop é usar um nome que não estava no B.I.

Vestir XL usar chapéus ao contrário

Hip Hop é usar palavras que não vem no dicionário..."

"É passar numa rua e deixar lá um tag

Hip Hop é desafiar o MC que se segue"

"Hip Hop é teres o direito de discordar do que quiseres

E não é menos Hip Hop só porque falas de mulheres

De certa forma Hip Hop é estar na política"

Bom, a meu ver é no mínimo péssimo, uma "crew", o "B-Boy" (provavelmente chamasse Bruno e é rapaz), aquela frase ali para o meio, que torna um português um pouco americanado (ainda não percebi o porquê da mistura de línguas), depois ainda se fala em nomes que não estão no B.I., porque temos todos que ter uma máscara e inventar um nome extracurricular, ainda vemos jovens de 16 anos a vestir o XL (para quê os tamanhos mais pequenos?) e o mais banal de tudo, querem evoluir com o nosso português e usar palavras que não vêm no dicionário, isto é, inventar. Agora, de certa forma é estar na política? Por favor, estas hipocrisias é que eu nunca esperei ler numa letra de Hip-Hop, muito menos nacional, onde não consigo encontrar qualquer tipo de justificação para se gostar de hip-hop, a não ser, mais uma vez a misteriosa MTV que lava as cabeças, falar de política no hip-hop? Como se pode ir contra a politica, se a resposta que dão é a rebeldia e vandalismo, sim porque passar na rua e deixar lá um “tag”, ou um “graffiti”, é vandalismo doa a quem doer, onde é que aqui se fala ou se responde à politica?

P.S. - Se ligarem desde já para a MTV (SIM, HÁ MTV PORTUGUESA) , ganham um par de botas Timberland, rapam o cabelo à maquina 1 e ainda vos dão um desenho em relevo na vossa cabeça. Algum de vocês conhece nome de jogadores de alguma equipa de futebol americano ou de baseball? Eu também não conheço, mas as camisolas e t-shirts das equipas e dos jogadores de futebol americano e baseball andam para aí espalhadas por Portugal, porquê? Não é porque quem as usa os conhece, mas sim porque a MTV lava cérebros com imagens idênticas.

Fica aqui a seguinte questão:

Todos os crimes realizados por estes meninos "dreads" e pseudo-"gangsters", sejam assaltos à mão armada, "carjacking", violações, raptos, ataques directos às forças policiais, tráfico e consumo de drogas, tráfico e uso de armas não licenciadas e utilizadas para os referidos crimes que todos nós conhecemos, torturas, assassínios e poderia continuar infinitamente aqui a descrever, não deveriam ser responsabilizados civicamente e judicialmente à máquina mediática e corrusiva que se denomina MTV??

Afinal, acusam os canais televisivos, empresas de criação/produção de jogos de computador e de consolas, produtores de filmes e séries de criarem/emitirem produtos audiovisuais/multimédia com conteúdos: ofensivos, violentos e apelativos à violência, sexo, crime, drogas, suicídio, isolamento social, alienação, sem qualquer pudor, mas desresponsabiliza-se o principal canal de música pró: africano, sexista/chauvinista, criminoso, consumista/materialista, racista, consumo/tráfico de estupefacientes, que de tanto conteúdo supérfluo e artificial que tem inseminado nas pobres mentes dos jovens, que muitos deles, ainda não têm personalidade nem idéia formada, relativamente ao que é melhor para eles, ou simplesmente, saber distinguir o certo do errado, não lhes é imputada qualquer acção judicial, campanha de censura, ou de aplicação de leis que proíbam esta terrível entidade de ser a principal instigadora e promotora de terrorismo urbano-criminoso norte-americano, francês e agora português, de bandas, como os Da Weasel, Buraka Sound Sistem, Mind da Gap e o supra mencionado Boss Ac, entre tantos muitos outros.